Quando nutres
dias fazes
amanheceres
Ventre vento
leve salada
Na porta das entranhas
fechados lábios em fibras
agonizantes
despindo-se das peles e
convenções
vertendo-se em si mesma
para ninguém pertences à
proximidade dos lados.
Foges
comendo a própria
carne dos dedos
luminosos tesouros de
investidas solitárias na carne.
Tremes ante a claridade dos ventres.
avanças em gemidos
alegres e curtos cabelos
a violência do coqueiral nua
uma praia toda desperta.
Corres por entre ruas
na multidão envergonhada
e curiosa calculas
o tempo da narrativa e o
desfecho dos fatos crudos
da vida.
Sofres a dor rutilante
das horas folhas
mortes enfeitam as calçadas
sentadas sobre suas costelas
pessoas origens tenras genros
noras sogros foras do lugar
família labirinto menor
do universo vocação abissal
do abismo desconhecido pela
altura da queda que nos consome
à caminho...
Para a poetisa cearense
Paola Benevides.
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