Quando nutres
dias fazes
amanheceres
Ventre vento
leve salada
Na porta das entranhas
fechados lábios em fibras
agonizantes
despindo-se das peles e
convenções
vertendo-se em si mesma
para ninguém pertences à
proximidade dos lados.
Foges
comendo a própria
carne dos dedos
luminosos tesouros de
investidas solitárias na carne.
Tremes ante a claridade dos ventres.
avanças em gemidos
alegres e curtos cabelos
a violência do coqueiral nua
uma praia toda desperta.
Corres por entre ruas
na multidão envergonhada
e curiosa calculas
o tempo da narrativa e o
desfecho dos fatos crudos
da vida.
Sofres a dor rutilante
das horas folhas
mortes enfeitam as calçadas
sentadas sobre suas costelas
pessoas origens tenras genros
noras sogros foras do lugar
família labirinto menor
do universo vocação abissal
do abismo desconhecido pela
altura da queda que nos consome
à caminho...
Para a poetisa cearense
Paola Benevides.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Transfiguração
Trans trás figuras
nas veias do
cotidiano
sons palavras entre
cortadas
Comunicas o terror
da solidão. Não ligas
nem desligas as cordas
do coração.
Sozinha no quarto
universo paralelo mônada
tufão
crias intervalos
viras intensidades
mutação
Cérebro cerebelo
cérele serelepes
percevejos
nos olhos da escuridão.
Para a poetisa cearense
Paola Benevides.
nas veias do
cotidiano
sons palavras entre
cortadas
Comunicas o terror
da solidão. Não ligas
nem desligas as cordas
do coração.
Sozinha no quarto
universo paralelo mônada
tufão
crias intervalos
viras intensidades
mutação
Cérebro cerebelo
cérele serelepes
percevejos
nos olhos da escuridão.
Para a poetisa cearense
Paola Benevides.
domingo, 25 de julho de 2010
COMUNHÃO DE CORPOS
A tua água na boca;
minha boca na água da tua boca...
A tua pele da língua;
minha língua na pele da tua língua...
A tua malícia dos olhos;
meus olhos na malícia dos teus olhos...
O teu caminho das mãos;
minhas mãos no caminho das tuas mãos...
O teu cheiro de pele;
minha pele no cheiro da tua pele...
A tua umidade de pêlo;
meu pêlo na umidade do teu pêlo...
A tua ausência de corpo;
meu corpo na ausência do teu corpo...
minha boca na água da tua boca...
A tua pele da língua;
minha língua na pele da tua língua...
A tua malícia dos olhos;
meus olhos na malícia dos teus olhos...
O teu caminho das mãos;
minhas mãos no caminho das tuas mãos...
O teu cheiro de pele;
minha pele no cheiro da tua pele...
A tua umidade de pêlo;
meu pêlo na umidade do teu pêlo...
A tua ausência de corpo;
meu corpo na ausência do teu corpo...
CARNAL
Tua pele encontra angustiada
A minha barba ainda rala,
Tomas minha mão para o gesto íntimo
E sistemático...
Te contorces, convulsiva,
Epiléptica no chão do meu corpo,...
Sussurro palavras escondidas aos
Teus poros desconhecidos,
Nossos pés fazem unhas
E conversam... distraídas caminhadas.
Vamos juntos ao prazer e ao abandono...
Contemplo teu corpo,
Teu cadáver sem vida,...
Que por alguns instantes,
Uniu-se à matéria bruta
E cósmica da natureza!
A minha barba ainda rala,
Tomas minha mão para o gesto íntimo
E sistemático...
Te contorces, convulsiva,
Epiléptica no chão do meu corpo,...
Sussurro palavras escondidas aos
Teus poros desconhecidos,
Nossos pés fazem unhas
E conversam... distraídas caminhadas.
Vamos juntos ao prazer e ao abandono...
Contemplo teu corpo,
Teu cadáver sem vida,...
Que por alguns instantes,
Uniu-se à matéria bruta
E cósmica da natureza!
TRANSFIGURAÇÃO
Uma lavandeira pousou sobre o teu rosto
e começou a alvejá-lo.
Tua boca como um vaga-lume,
flutuava no azul da noite;
Teus olhos abandonados,
exibiam as armas mortais
dos teus cílios enormes...
Foi quando abriste
tua inefável boca e deixaste ca
i
r
.
.
Uma singela gota de vida
sobre o negro seio da morte.
Tu amanhecias e,
teus lábios eram portas enormes,
cerradas, macias
nas quais guardavas, palpitante...
o róseo segredo do dia!
e começou a alvejá-lo.
Tua boca como um vaga-lume,
flutuava no azul da noite;
Teus olhos abandonados,
exibiam as armas mortais
dos teus cílios enormes...
Foi quando abriste
tua inefável boca e deixaste ca
i
r
.
.
Uma singela gota de vida
sobre o negro seio da morte.
Tu amanhecias e,
teus lábios eram portas enormes,
cerradas, macias
nas quais guardavas, palpitante...
o róseo segredo do dia!
DEVANEIOS EM TORNO DA MUSA
Se pelo menos estivesses
[ aqui
Tu dirias sorrindo, maliciosamente:
“amor, não vamos ter filhos agora”.
E chuparias o pau dos meus sonhos
e projetos. Me comerias até o fim...
[ a tarde
Meterias em mim. E, talvez eu não
me sentisse tão sozinho.
Arrumarias objetos práticos,
saídas para as nossas necessidades:
dormir, beber, cantar...
Enfeitarias os desvãos e arestas do
meu dia...
Devotarias um altar para os teus deuses
no meio da sala: sais, incenso, espumas...
Serias o não-abandono a cada olhar,
a cada toque, espreitarias a anti-pele
das tensões e dos medos.
Fingirias não te saber
serva e senhora dos meus
des-aververgonhados desejos....
Incentivarias meus inaceitáveis
vícios e falhas: “ são fraquezas no caráter do amor,
meu bem” (dirias diva divã)
Arrancarias pela raiz o dente podre
do caos – “prática” e demente
Te fundirias, fudidamente,
até despertares nas pálpebras
de um não-sorriso: metas, meto,
meta... nos rabos de “sputinik”
E serias minha estrela
suja, límpida, patética e corrosiva.
Só minha, apenas minha, toda
minha... e seríamos como uma
constelação... plenos, completos e se-
parados nos tornando várias coisas
ao mesmo tempo e, permanecendo
os mesmos.... in-completos e felizes
em nossa desolidão.
Ah, se pelo menos não tivesses
morrido naquele dia em nossa
fatídica despedida – “ ingênua incompetência para o amor”...
Ah, se pelo menos ainda estivesses
aqui, viva como agora nestes versos....
Ah, se pelo menos pudesses me ouvir...
Sei que virias até mim, e então eu não
teria morrido novamente, como agora,
des-falecendo nalgum lugar entre o céu e
a madrugada.
[ aqui
Tu dirias sorrindo, maliciosamente:
“amor, não vamos ter filhos agora”.
E chuparias o pau dos meus sonhos
e projetos. Me comerias até o fim...
[ a tarde
Meterias em mim. E, talvez eu não
me sentisse tão sozinho.
Arrumarias objetos práticos,
saídas para as nossas necessidades:
dormir, beber, cantar...
Enfeitarias os desvãos e arestas do
meu dia...
Devotarias um altar para os teus deuses
no meio da sala: sais, incenso, espumas...
Serias o não-abandono a cada olhar,
a cada toque, espreitarias a anti-pele
das tensões e dos medos.
Fingirias não te saber
serva e senhora dos meus
des-aververgonhados desejos....
Incentivarias meus inaceitáveis
vícios e falhas: “ são fraquezas no caráter do amor,
meu bem” (dirias diva divã)
Arrancarias pela raiz o dente podre
do caos – “prática” e demente
Te fundirias, fudidamente,
até despertares nas pálpebras
de um não-sorriso: metas, meto,
meta... nos rabos de “sputinik”
E serias minha estrela
suja, límpida, patética e corrosiva.
Só minha, apenas minha, toda
minha... e seríamos como uma
constelação... plenos, completos e se-
parados nos tornando várias coisas
ao mesmo tempo e, permanecendo
os mesmos.... in-completos e felizes
em nossa desolidão.
Ah, se pelo menos não tivesses
morrido naquele dia em nossa
fatídica despedida – “ ingênua incompetência para o amor”...
Ah, se pelo menos ainda estivesses
aqui, viva como agora nestes versos....
Ah, se pelo menos pudesses me ouvir...
Sei que virias até mim, e então eu não
teria morrido novamente, como agora,
des-falecendo nalgum lugar entre o céu e
a madrugada.
SOBRE A ESSÊNCIA DO MUNDO
Ninguém conhece ao certo sol algum
terra alguma... mas somente, o olho
que vê um sol e uma mão que
toca uma terra...
Na sua verdade profunda
o tempo é sucessão...
o espaço é posição...
O mundo todo é o fazer-efeito
da matéria: caus-ação!
terra alguma... mas somente, o olho
que vê um sol e uma mão que
toca uma terra...
Na sua verdade profunda
o tempo é sucessão...
o espaço é posição...
O mundo todo é o fazer-efeito
da matéria: caus-ação!
MOSAICOS POÉTICOS II
Rasgar as páginas do poema
sugar intensamente a des-vida
Nicotina.
Não ser senhor de si – mesmo -
servo-elemento. Cachorro-
cimento-flor. Pura existência
Apenas!
Sentir pedra, nos olhos : –
parede – comportas – sentimentos –
anti-vasão – an-águas – vento – tufão.
- “Não sinto falta da família.
Nem de um grande amor. Às vezes,
sinto saudade do clima... daquele
friozinho que des-fazia a gente...”
(soberbas defesas psicológicas!...)
Ah, quanto do nosso ser naquele cal...
na poeira dos sons e acontecimentos!
No fundo todos pré-sentimos
o que vai acontecer a questão
é que o vidro de nossas promessas
está quase sempre embaçado de
esperança... neblina, neb- linas, meninas...
(bolas-muchas do não-futuro!) É o que somos.
Ser pragmático. Ou em ser-ter-sido. Não há
outra partida. Não existe meio-termo:
“Ou isto. Ou aquilo.” Ou des-isto, des-aquilo.
des-aquilo-outro. estidade nadidade aqüidade
ali-dade (espécie de caráter leve e aéreo) ou
simplesmente qualidade de ser do ar.
Quem mandou brincar com as
palavras... dá nisso... Elas têm
jurisdição e jurisprudência.
E, quando trëmas ou –ifens, e sinais
não mais registrados nos dicionários
venham à tonta na clandestinidade
da saliva de alguma língua- esquecimento ...
a senhora nova gramática os punirá severamente.
Severas (mente) Severa. Ah, como até as filhas
da “verba” insurgem-se linguisticamente contra ela...
A língua como uma metáfora viva-revolução
de si mesma – transcendendo-se reflexiva-
mente bronzeada falando de si mesma em
si mesma – através. Pronto. Já me esqueci
o que ia falar. Esqueci de pensar. De ser.
Virei puro acontecimento. Ou nem mesmo
isso. Nem sei... sei lá penso sem órgãos
dis-pensa do ser Aquém
sugar intensamente a des-vida
Nicotina.
Não ser senhor de si – mesmo -
servo-elemento. Cachorro-
cimento-flor. Pura existência
Apenas!
Sentir pedra, nos olhos : –
parede – comportas – sentimentos –
anti-vasão – an-águas – vento – tufão.
- “Não sinto falta da família.
Nem de um grande amor. Às vezes,
sinto saudade do clima... daquele
friozinho que des-fazia a gente...”
(soberbas defesas psicológicas!...)
Ah, quanto do nosso ser naquele cal...
na poeira dos sons e acontecimentos!
No fundo todos pré-sentimos
o que vai acontecer a questão
é que o vidro de nossas promessas
está quase sempre embaçado de
esperança... neblina, neb- linas, meninas...
(bolas-muchas do não-futuro!) É o que somos.
Ser pragmático. Ou em ser-ter-sido. Não há
outra partida. Não existe meio-termo:
“Ou isto. Ou aquilo.” Ou des-isto, des-aquilo.
des-aquilo-outro. estidade nadidade aqüidade
ali-dade (espécie de caráter leve e aéreo) ou
simplesmente qualidade de ser do ar.
Quem mandou brincar com as
palavras... dá nisso... Elas têm
jurisdição e jurisprudência.
E, quando trëmas ou –ifens, e sinais
não mais registrados nos dicionários
venham à tonta na clandestinidade
da saliva de alguma língua- esquecimento ...
a senhora nova gramática os punirá severamente.
Severas (mente) Severa. Ah, como até as filhas
da “verba” insurgem-se linguisticamente contra ela...
A língua como uma metáfora viva-revolução
de si mesma – transcendendo-se reflexiva-
mente bronzeada falando de si mesma em
si mesma – através. Pronto. Já me esqueci
o que ia falar. Esqueci de pensar. De ser.
Virei puro acontecimento. Ou nem mesmo
isso. Nem sei... sei lá penso sem órgãos
dis-pensa do ser Aquém
MOSAICOS POÉTICOS I
Faço cinzeiro das paredes
apago o fogo das venezianas...
espero no papel uma rede
[escrevo.
Antes do dia, penso no seu nascimento,
e nas vidas que ainda dormem...
CUIDADO CARGA VIVA!
E os pedaços de sono
perdidos...
O nariz do sol sobre a planície
da tarde...
Temos assado cozido
a 3 km
estrada para canape-quente
Ando sempre com os mesmos passos...
passo sempre pelos mesmos buracos e,
tudo torna-se novo tropeço de viver...
Não consigo ter idéias inventadas,
apenas posso sentí-las ainda que provocadas
pela leitura de poemas não-eus mas que logo
tornam-se minhas partes íntimas...
Na latrina todos somos seres altamente reflexivos
e com toda a lucidez do mundo retornamos
às origens do pó de Adão religiosamente todos
os dias ou depois de uma puta feijoada....
Quando digo que não quero
é justamente isso que quero ser
quando crescer... por enquanto vou
vivendo lentamente meus últimos instantes...
[imberbe.
A ampulheta é a maior invenção da humanidade
porque é a pintura da eternidade, na suas rugas
e flacidezes de velha en-ternecida “flatus vocis”...
A sua fluidez e plasticidade o azulejo das veias
de uma negra linda o tempo...
Quando vamos fazer compras todos fazemos compras,
contas, e sonhos de dar certo... não ter tema é legal e
muito lógico e assim-temático, pois não dá pra fugir
do que não existe assim, como não dá pra sair do poema...
não tem uma porta, uma janela no poema...
é um lugar fechado para o infinito!
Seríamos mais felizes se fossemos menos ridículos
e mais des-avergonhados, com sangue de a-mora mesmo
pró-amor... e fanta laranja. Quando o amor acontece ele
desata todos os nós e, faz coisas lindas e circulares, às vezes rosas outras gira-sóis... na areia da praia, quanto no abismo e na noite... nos encontramos sempre em estado de ausência não importa em que companhia estejamos... Sempre falo que as coisas é que sabem de si e os objetos é que tem senso de humor... eles ficam sempre olhando fixamente e dando gargalhadas nas nossas caras-certezas...
As pedras e os anzóis
são perdas esdrúxulas
Os homens e os gatos
são perdas ex-drúxulas
As mulheres e as cafetinas
são perdas ex-lúxidas
Se fossemos falar da anatomia das cores
poderíamos começar pelas cordas vocais e
os chinelos... Mas quando temos medo aí mesmo
é que temos mais chances de não ter medo (pelo
menos enquanto estivermos com medo...)
Algumas das frases mais profundas da humanidade
ditas depois da barbárie e do holocausto...
bem que poderiam ter saído da boca de um adolescente
cheio de espinhas e artes masturbatórias:
“ Ah, estou envergonhado de ser homem”.
Ah, a relatividade da mulher aberta
que me encanta e faz sofrer...
A liquidez da vida
a sua fluidez fluida
espumante e etílica
seus dentes gélidos e
lábios calientes...
Toda lascívia e loucura
de seus beijus que entram
pelas narinas e vão até
os glóbulos mais vermelhos
de nossas terminações nervosas...
apago o fogo das venezianas...
espero no papel uma rede
[escrevo.
Antes do dia, penso no seu nascimento,
e nas vidas que ainda dormem...
CUIDADO CARGA VIVA!
E os pedaços de sono
perdidos...
O nariz do sol sobre a planície
da tarde...
Temos assado cozido
a 3 km
estrada para canape-quente
Ando sempre com os mesmos passos...
passo sempre pelos mesmos buracos e,
tudo torna-se novo tropeço de viver...
Não consigo ter idéias inventadas,
apenas posso sentí-las ainda que provocadas
pela leitura de poemas não-eus mas que logo
tornam-se minhas partes íntimas...
Na latrina todos somos seres altamente reflexivos
e com toda a lucidez do mundo retornamos
às origens do pó de Adão religiosamente todos
os dias ou depois de uma puta feijoada....
Quando digo que não quero
é justamente isso que quero ser
quando crescer... por enquanto vou
vivendo lentamente meus últimos instantes...
[imberbe.
A ampulheta é a maior invenção da humanidade
porque é a pintura da eternidade, na suas rugas
e flacidezes de velha en-ternecida “flatus vocis”...
A sua fluidez e plasticidade o azulejo das veias
de uma negra linda o tempo...
Quando vamos fazer compras todos fazemos compras,
contas, e sonhos de dar certo... não ter tema é legal e
muito lógico e assim-temático, pois não dá pra fugir
do que não existe assim, como não dá pra sair do poema...
não tem uma porta, uma janela no poema...
é um lugar fechado para o infinito!
Seríamos mais felizes se fossemos menos ridículos
e mais des-avergonhados, com sangue de a-mora mesmo
pró-amor... e fanta laranja. Quando o amor acontece ele
desata todos os nós e, faz coisas lindas e circulares, às vezes rosas outras gira-sóis... na areia da praia, quanto no abismo e na noite... nos encontramos sempre em estado de ausência não importa em que companhia estejamos... Sempre falo que as coisas é que sabem de si e os objetos é que tem senso de humor... eles ficam sempre olhando fixamente e dando gargalhadas nas nossas caras-certezas...
As pedras e os anzóis
são perdas esdrúxulas
Os homens e os gatos
são perdas ex-drúxulas
As mulheres e as cafetinas
são perdas ex-lúxidas
Se fossemos falar da anatomia das cores
poderíamos começar pelas cordas vocais e
os chinelos... Mas quando temos medo aí mesmo
é que temos mais chances de não ter medo (pelo
menos enquanto estivermos com medo...)
Algumas das frases mais profundas da humanidade
ditas depois da barbárie e do holocausto...
bem que poderiam ter saído da boca de um adolescente
cheio de espinhas e artes masturbatórias:
“ Ah, estou envergonhado de ser homem”.
Ah, a relatividade da mulher aberta
que me encanta e faz sofrer...
A liquidez da vida
a sua fluidez fluida
espumante e etílica
seus dentes gélidos e
lábios calientes...
Toda lascívia e loucura
de seus beijus que entram
pelas narinas e vão até
os glóbulos mais vermelhos
de nossas terminações nervosas...
POR FAVOR, OBRIGADO!
Quando no fim do ano
Fores buscar
As calças de abril
Leve minhas lembranças
Primaveris.
Fores buscar
As calças de abril
Leve minhas lembranças
Primaveris.
UMA SENHA PARA VIVER
Hoje o dia foi uma merda
Hoje o dia foi uma merda
Uma merda
Uma merda
Uma senha para viver
Outra para existir
Uma esquecer
E sentir?
Atravesso dois rios
Caudalosos a seco
Bêbados Jacarés Lambem
minhas pernas
Insanas
Insanos
Na calçada uma capivara
Ajeita seus óculos e
Me sorri.
Hoje o dia foi uma merda
Uma merda
Uma merda
Uma senha para viver
Outra para existir
Uma esquecer
E sentir?
Atravesso dois rios
Caudalosos a seco
Bêbados Jacarés Lambem
minhas pernas
Insanas
Insanos
Na calçada uma capivara
Ajeita seus óculos e
Me sorri.
PALAVRA
Dez anos de galhos retorcidos
A vida no prelo, no grelo
“Ad infinitum” brotando
Raízes
no chão da língua
Estrelas
no céu da boca
A lua
na esquina tonsila.
A vida no prelo, no grelo
“Ad infinitum” brotando
Raízes
no chão da língua
Estrelas
no céu da boca
A lua
na esquina tonsila.
AGONIAÇÕES POÉTICAS E SAUDADES
Números infernais
sobem pelas escadas
do meu quarto...
Desejos suicidas. Gritos
silêncio. Decido: s
a
l
t
o
_______________________
...” não vai a lugar nenhum “...
A gravidade me
olha
jeito de três
z
z
z: “diga trinta e três –
trinta e três ...
À beira do abismo:
número.
Eternamente caindo:
numeral ...
A música, a dança, a métrica
do poema tudo calculável
mensurável
Uma flor, um rio, ponte
2 – 2 = 1 olhar: natureza.
Matemática do amor,
didática do pavor
A pele da unidade,
o múltiplo-osso
cachorro ordinal. Lambe
a perna do acontecimento:
Som.
Pneus lataria leitaria
borracha queima embaixo
pés arranham céus língua
dentes abertos nuvens de
sonhos Emanuelle essencial
Fala a pedra sono sapos
príncipes narciso me olha
E
cai .
.
.
líquido-poema.
Embora. A noite uma estrela
cadente
nossos desejos
cadente
Beijos lábios
abissal. Abis- sal
sal
Peixe-olhar
peixe-fala
pensa-peixe
Gita!
Escamas quantidade
intensamenteidade
em-
baixo da cama-
elemento
escadas para a tua umidade
Parcela-marcela... saudade
sobe
desce macera
Espinha adentro congela
derrete o ser. Uno
Raimundo
sai e pede para parar
A roda inventa modas
séries grandezas trans-
Passa
o passo a passo pássaro
estação esquecida: coração
Sete vezes setes,
mentiroso judeu perfeição
Treze elementos era glacial
espaçonave espaço- nave
neve ove- fora.
Noves.
Encontrar um gato preto
subindo a escada infinito
atrai para si- negro: estrela- ego
Centro centrífego centrípeto
centri-fuga.
Es-cala es-calo es-bicho de pé...
coça às costas: calo.
Unha amantes unhas
à caça bruxas narizes oblongos
oblíquos perfis ...
“ por el odor de la mujer equatoriana
sub el pavor del sexo - umedad infernal
de entre las piernas-narinas...”
Ônibus janela vômitos –
desmaios na paisagem.
Descascando-se cadeira –
a tarde.
A vontade da água:
gelar!
Professor de matemática : nootbook.
Tênis p tênis p tênis p tênis p
“olha o passarinho” >. >. >. > chic chic ahÓ
Ele na mão eheheh pensa seriamente-ave.
Os ratos na índia o ganges a fé a força
das águas
Gás vento dor dentro pensamento
explosão-idéias
Agoniar v.t.d
nordestina-ação
nordestinação – nordestinar
o destino
Viver intensamente aperrear-montar
“gracias a la vida”
Borrar borrar borrar
cada folha límpida
reciclável ...
Perdão remissão dos atentados
o não-erro o não-erre
o nõ´- serve servi sérvio
A guerra ea paz
Tolstói. Rosa. Povo.
sobem pelas escadas
do meu quarto...
Desejos suicidas. Gritos
silêncio. Decido: s
a
l
t
o
_______________________
...” não vai a lugar nenhum “...
A gravidade me
olha
jeito de três
z
z
z: “diga trinta e três –
trinta e três ...
À beira do abismo:
número.
Eternamente caindo:
numeral ...
A música, a dança, a métrica
do poema tudo calculável
mensurável
Uma flor, um rio, ponte
2 – 2 = 1 olhar: natureza.
Matemática do amor,
didática do pavor
A pele da unidade,
o múltiplo-osso
cachorro ordinal. Lambe
a perna do acontecimento:
Som.
Pneus lataria leitaria
borracha queima embaixo
pés arranham céus língua
dentes abertos nuvens de
sonhos Emanuelle essencial
Fala a pedra sono sapos
príncipes narciso me olha
E
cai .
.
.
líquido-poema.
Embora. A noite uma estrela
cadente
nossos desejos
cadente
Beijos lábios
abissal. Abis- sal
sal
Peixe-olhar
peixe-fala
pensa-peixe
Gita!
Escamas quantidade
intensamenteidade
em-
baixo da cama-
elemento
escadas para a tua umidade
Parcela-marcela... saudade
sobe
desce macera
Espinha adentro congela
derrete o ser. Uno
Raimundo
sai e pede para parar
A roda inventa modas
séries grandezas trans-
Passa
o passo a passo pássaro
estação esquecida: coração
Sete vezes setes,
mentiroso judeu perfeição
Treze elementos era glacial
espaçonave espaço- nave
neve ove- fora.
Noves.
Encontrar um gato preto
subindo a escada infinito
atrai para si- negro: estrela- ego
Centro centrífego centrípeto
centri-fuga.
Es-cala es-calo es-bicho de pé...
coça às costas: calo.
Unha amantes unhas
à caça bruxas narizes oblongos
oblíquos perfis ...
“ por el odor de la mujer equatoriana
sub el pavor del sexo - umedad infernal
de entre las piernas-narinas...”
Ônibus janela vômitos –
desmaios na paisagem.
Descascando-se cadeira –
a tarde.
A vontade da água:
gelar!
Professor de matemática : nootbook.
Tênis p tênis p tênis p tênis p
“olha o passarinho” >. >. >. > chic chic ahÓ
Ele na mão eheheh pensa seriamente-ave.
Os ratos na índia o ganges a fé a força
das águas
Gás vento dor dentro pensamento
explosão-idéias
Agoniar v.t.d
nordestina-ação
nordestinação – nordestinar
o destino
Viver intensamente aperrear-montar
“gracias a la vida”
Borrar borrar borrar
cada folha límpida
reciclável ...
Perdão remissão dos atentados
o não-erro o não-erre
o nõ´- serve servi sérvio
A guerra ea paz
Tolstói. Rosa. Povo.
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